sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Obras de Hannah Arendt

          Deixo esta semana o link do: Grupo de Estudos e Arquivo Hannah Arendt Brasil. É um ótimo e completo site que contém inúmeros outros sites relacionados a vida e obras de Arendt. Recomendo olhar com calma este site. Este link acessa diretamente a todas as obras publicadas por Arendt: http://hannaharendt.wordpress.com/livros/ .
         Agradeço aos e-mails recebidos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Biografia I




          Quero de imediato agradecer aos e-mails que recebi de amigos e professores, aos comentários da Cassy e aqueles que estão embarcando comigo neste Projeto. Outro ponto fundamental que gostaria de deixar claro, que é uma resposta ao e-mail de um grande amigo (e feito isso, passo a comentar sobre a vida de Hannah Arendt): Hannah Arendt modificou sim minha relação com os estudos de filosofia, propriamente quanto a ética e a política, mas com isso não quero dar créditos e nenhum tipo de Terapia Existencial que se baseia (loucamente) nas obras dessa grande autora, porque tenho certeza de que os objetivos de Arendt jamais foram de algum tipo de tratamento psicológico ou psiquiátrico, já que ela mesma critica os ramos da Psicologia senão o todo dessa ciência (conferir no artigo A Crise da Educação no conjunto de ensaios de Entre o Passado e o Futuro e também no Capitulo II de A Condição Humana).        Respeito certamente as opiniões, com a convicção de que Arendt deve ter dado umas três voltas completas em seu túmulo quando fundaram a Terapia Reflexiva. Ora! Ela é uma Cientista Política! Não uma Consultora, Psicóloga e afins. Dito isto, passemos ao Projeto Compreender Arendt (mas admito que gostei da provocação!).

I – Biografia I

            Hannah Arendt, ou Johannah no estado civil, nasceu no dia 14 de outubro de 1906 em casa, na cidade de Linden, Alemanha. Desde pequena demostrava ter uma capacidade intelectual a frente das demais crianças. Martha Arendt, mãe de Hannah, deixou registrado em um diário de nome: Nosso Bebê, a evolução da criança. O pai de Hannah, Paul Arendt, porta de sífilis, que contraiu na juventude. Ele não esconde de sua esposa e devido a doença, em 1909, se mudam para a cidade de Könisberg. Martha é uma mulher certamente a frente de seu tempo, vinda de uma família judia, porém culta e liberal da mesma forma que Paul.

             Hannah é descrita como uma criança precoce em tudo. Aos dois anos já falava e quando entrou para a escola já sabia ler e escrever. Martha participa de uma escola de jardim de infância em que novas teses sobre a educação são postas em prática, isso após ter estudado três anos na França em que aprendeu línguas e música. Por sua vez Hannah tem que aprender a lidar com a doença do pai. Segundo o diário de Martha, Hannah ajuda a cuidar do pai com carinho. Max Arendt, seu avô é ligado a comunidade judaica que tenta promover a integração dos Judeus na Alemanha. Já Martha e Paul não estão e nem se sentem ligados a religião judaica. Judeus sim, mas não no sentido de uma prática ou vivência da fé.

              Max Arendt, avô de Hannah, é o responsável por apresentar a religião judaica a Hannah mas não de forma tradicional, no sentido de ir a Sinagoga mas sim na partilha de seu modo de vida. Relação que dura até o ano de 1913 pois tanto o avô, Max, bem como seu pai, Paul, morrem. Em ambas as mortes Hannah vai se questionar muito mais sobre o sentido da morte, do que mesmo manifestar a dor da perda dos entes queridos. Ela vai tentar demonstrar para a mãe que é forte e Martha vai preocupar-se pois Hannah parece não sofrer com a morte do pai. Hannah está tentando tomar conta da mãe e ao mesmo tempo fazer as perguntas que a levaram, mais tarde, para a filosofia.

          A relação de Hannah com sua mãe será firme e forte e mesmo com quarenta anos, Hannah irá procurar o conforto e auxílio da mãe no momento de suas dúvidas. Entre 1913 e 1916 idas e vindas entre as cidades de Könisberg e Berlin serão frequentes em razão da guerra. Martha frequenta o círculo de seguidores de Rosa Luxemburgo, mulher que terá o apreço de Hannah, tanto por seus ideais, como pela sua vida e pelo que buscava (em Homens em Tempos Sombrios Arendt reflete sobre a força revolucionária de Rosa Luxembrugo). Martha vai levar Hannah para o círculo dos revolucionários, transformando seu próprio apartamento em local de encontro. Hannah vai guardar por toda sua vida questões ligadas as discussões realizadas nos encontros que frequentou junto com a mãe. É um tempo em que palavras como revolução, reforma, democracia, socialismo estão como que vivas e fortes. Em 1919, após o assassinato de Rosa, as coisas irão mudar, tanto no panorama político quanto na vida de Hannah.

          Gostaria de chamar atenção para alguns aspectos levantos: a influência judaica do avô na vida de Hannah, o aspecto político e, até certo ponto revolucionário de sua mãe. E de seu pai, algo que deixo para mencionar agora: a motivação para leitura que ele despertava na filha, que deixava-a pegar clássicos de sua biblioteca. Hannah dirá na entrevista a Günter Gaus (Entrevista: Só Permanece a Língua Materna) que por toda sua vida irá ter como que uma dívida com o pai.

II – Estudo Comentado

         Como escrevi na publicação anterior, que iniciei com uma citação de A Vida do Espírito, citaria mais um trecho dessa obra que me motiva a estudar cada vez mais Hannah Arendt:

"A faculdade de julgar os particulares... a habilidade de dizer "isto é errado", "isto é belo", e por aí a fora, não é igual a faculdade de pensar. O pensamento lida com invisíveis, com representações de coisas que estão ausentes. O juízo sempre se ocupa com particulares e coisas ao alcance das mãos. Mas as duas faculdades estão inter-relacionadas, do mesmo modo como a consciência moral e a consciência. Se o pensamento - o dois-em-um do diálogo sem som - realiza a diferença inerente à nossa identidade, tal como é dada à consciência, resultando, assim, na consciência moral como seu derivado, então o juízo, o derivado do efeito liberador do pensamento, realiza o próprio pensamento, tornando-o manifesto no mundo das aparências, onde eu nunca estou só e estou sempre muito ocupado para poder pensar. A manifestação do vento do pensamento não é o conhecimento, é a habilidade de distinguir o certo do errado, o belo do feio. E isso, nos raros momentos e que as cartas estão postas sobre a mesa, pode sem dúvida prevenir catástrofes, ao menos para o eu". (Hannah Arendt, A Vida do Espírito, p. 217-216).

          Deixarei para comentar as passagens citadas nas próximas publicações. Por e-mail, orkut e telefonemas recebi sugestões e críticas de algumas pessoas as quais agradeço: Joci, Giovani, Gustavo, prof. Edson. Pessoalmente agradeço a distinta Olívia e numa conversa com msn, que durou duas horas (no costume madrugueiro) agradeço a Carol e claro, minha mãe que diz: isso não está claro e está ficando claro! Principalmente ao senhor Af por me ajudar a pensar no blog. E a deusa Marceli... bem... é uma deusa. Ah, Joci (e a todos também), em janeiro estarei colocando ao final de cada publicação um comentário que iniciarei por períodos das obras de Hannah. E esta semana prometo deixar uma relação das obras dela.

III – Resposta a indicação de Leitura

          Quando estava para fechar esta publicação, recebi a indicação de um texto do amigo, que pedirei se puder mencionar o nome dele (Texto disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/philosophos/article/viewArticle/3154 ). O título do artigo: Luz e Sombra: o público e o privado em Rousseau e Arendt. Farei apenas um breve comentário do que penso ser um grave erro interpretativo do autor sobre os conceitos e teorias arendtianos. Logo no início ele afirma que “Tanto Arendt como Rousseau desenvolvem seus ideais sobre a república no conceito de luz e sombra”, o que já incorre em afirmar algo genérico, além de colocar no mesmo patamar a centralidade téorica de autores totalmente distintos e mesmo apostos. Analisarei especificamente o entendimento do autor sobre os conceitos de Arendt pois, além de não querer me estender, dou preferência a autora pois é a finalidade deste blog. Mas coloco-me a disposição sempre para esclarecimentos.

         Penso que a obra A Condição do Homem Moderno, traduzida como A Condição Humana, é a obra guia do autor no artigo citado acima quando este trata dos conceitos de Espaço Público e Espaço Privado em Arendt. Me parece que o autor não fez as perguntas fundamentais da obra. Esquece que ela tem um propósito, qual seria: após o rompimento da tradição com o evento dos estados totalitários, tanto no sentido filosófico como ético e político, como pensar o espaço público-político? Também encontramos uma profunda reflexão da técnica na modernidade (para ser extremamente conciso). Ao comparar Arendt e Rousseau sem levantar ao menos a pergunta acima e citar que Arednt “teria simpatizado com a configuração antiga da república”, o autor faz o que inúmeros autores que não entendem os conceitos arendtianos fazem: pensam que Arendt que restaurar a experiência greco-romano de política. Um erro lastimável!

         Arendt não privilegia uma volta a antiguidade. Suas obras, desde Origens do Totalitarismo, até A Vida do Espírito, são um grande esforço de resgatar a dignidade completamente aniquilada da política pelos estados totalitários bem como perguntar pelo estatuto da mesma na modernidade. Afirmar que Arendt é aristotélica e ou kantiana, bem como markssista é relegar ao nada suas obras. Ela mesma na entrevista citada acima afirma que não é nem liberal, nem de esquerda ou direita, e sim uma pensadora. Seu retorno a antiguidade é para buscar e mostrar o fenômeno originário da política, se perguntar quais as condições para que esta se desenvolva. E com isso apontar como pensar o Estado após o rompimento com o fio da tradição. Ora! Se o fio da tradição se perdeu, como fazer uma volta a antiguidade clássica como um modelo?

         O autor do artigo ainda cita que Arendt “silencia sobre a dimensão interna dos desejos republicanos”. Será que esta questão terá realmente importância num mundo em que não é a vontade que aparece mas apenas as ações dos homens? Não podemos saber da motivação interna das pessoas, mas somente o que elas falam. Ou seja, somente aquilo que aparece ou aquilo que elas fazem aparecem no Espaço Público-Político. Mais ainda, me parece que o autor esquece que em A Condição Humana temos uma reflexão sobre a modernidade, não uma reflexão que propõe a criação de um estado como em Rousseau. Ainda levantaria outros erros interpretativos fundamentais que o autor fez ao se referir, como que separando as teorias arendtianas e esquecendo totalmente e amplamente, qual o sentido do espaço público e do espaço privado nas obras de Hannah Arendt.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Degustação

         Para sua “degustação literária” e mesmo para conhecerem um pouco mais sobre as questões que Hannah Arendt explorava, bem como sobre sua vida, deixo indicado alguns vídeos que estão à disposição no Youtube sobre ela. Vídeos estes que estão ordenados na Comunidade Hannah Arendt – Brasil (www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=63878 ) do Orkut da qual faço parte e que apenas copio e deixo a disposição. Agradeço a Senhora que os organizou:

         Realizada em 1964 na Alemanha ao apresentador Günter Gaus. O áudio é em alemão e as legendas em espanhol.

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=pfFwIuTckWw
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=WrwjBrw-AOQ&feature=related
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=AXB5zxK_Hgk&feature=related

         Entrevista um tanto quanto difícil de assistir pois ela fala em Inglês e a dublagem aparece em cima em francês e a legenda em Espanhol. Mas claro que é de extrema valia.

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=FZ1iqqcunsg&feature=related
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=3lTEgjDwy6Y&feature=related
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=q5KP3DLFhmg&feature=related
Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=sVaAEb9COq4&feature=related
Parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=hKAb3bpQalQ&feature=related

          Documentário muito interessante sobre a vida e obra de Hannah Arendt. Áudio em Francês com legendas em espanhol.

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=SMbL0_PMjw0&feature=related
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=7gKAGiYYAIU&feature=related
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=za3i_54tdG0&feature=related
Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=2DUUAcSiLuU&feature=related
Parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=81eBztpT6Og&feature=related
Parte 6: http://www.youtube.com/watch?v=4biIWhF9pds&feature=related

          Será mais fácil, penso eu, começar pelo documentário pois, será possível perceber o contexto em que os outros vídeos foram feitos. E isso se torna de extrema importância para compreender o porque das questões exploradas nos vídeos anteriores. Na próxima publicação comentarei sobre a vida familiar de Hannah Arendt bem como sua juventude, ou seja, darei realmente início sobre o que comentei na publicação anterior.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Explicações


      Seria impossível para mim começar este blog sem antes explicar quais as motivações que me levaram a estudar esta grande autora. Para tal empreitada será necessário citar uma passagem de A Vida do Espírito ( Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2008. p.211) em que a autora finaliza o estudo sobre a Atividade do Espírito do Pensar escrevendo sobre Sócrates:

"O que Sócrates descobriu é que podemos ter interação conosco mesmos, bem como com os outros, e os dois tipos de interação estão de alguma maneira relacionados. Aristóteles, falando da amizade, observou: 'o amigo é um outro eu' Isso significa: pode-se, com ele, empreender o diálogo de pensamento como se faz consigo mesmo. A obervação faz parte da tradição socrática, mas Sócrates diria: também o eu é uma espécie de amigo. A experiência condutora, nesses assuntos, é evidentemente a amizade, e não a individualidade; antes de conversar com os outros, examino qualquer que seja o assuntos da conversa; e então descubro que eu posso conduzir um diálogo não apenas com os outros, mas também comigo mesmo. No entanto o ponto em comum é que o diálogo do pensamento só pode ser levado adiante entre amigos, e seu critério básico, sua lei suprema diz: NÃO SE CONTRADIGA (grifo meu)".

      Certamente foi ao final do Capítulo sobre a Atividade do Espírito do Pensar que fui realmente parar para pensar e me dar conta de que Arendt não era apenas mais uma autora que eu leria. A partir realmente desse capítulo, especialmente da citação acima e da do próximo post, e ainda sem levar em conta o que representava para toda uma tradição filosófica no sentido de teoria, que aconteceu uma transformação tanto filosófica quanto pessoal em minha vida. Eu não poderia mais seguir em meus estudos de filosofia da mesma maneira que vinha seguindo até então. Que maneira é essa? Bem, essa questão irei expondo ao longo das postagens bem como em relação a minha vida.

      Comecei a ler Hannah Arendt por indicação de meu orientador de graduação, em uma aula de Ontologia, ao qual sou eternamente grato, texto o qual li mas que não fora abordado em sala de aula. Era o texto Filosofia e Política que está em A Dignidade da Política. Foi esse texto que abriu meus horizontes e que começou pouco a pouco penetrar em minha vida de estudante de filosofia. Estava estudando Descartes, mas o arrebatamento que sofri (páthos) ao ler o texto de Arendt provocou imediatamente uma paixão e como toda paixão, estava se cristalizando ´para o amor. Mas não qualquer tipo de amor. O amor baseado no diálogo, claro.

      Terminando de ler, ou melhor devorar, A Dignidade da Política, encarei de frente Origens do Totalitarismo, que claro, ainda não estava preparado, mas li. Depois li Responsabilidade e Julgamento, A Condição Humana e claro, o grande arrebatamento: A Vida do Espírito. Ao longo dos últimos três anos tenho relido essas obras, que hoje entendo como era demasiado jovem em assuntos filosóficos para perceber todas as intenções teóricas, referentes a Tradição Filosófica, que Arendt faz referência e ataca, por assim dizer, em seus textos. Claro que o fio condutor das questões, nessa época, eu já havia percebido: o totalitarismo, especialmente sua vertente nazista. Era esse evento (entraremos mais tarde no significado) que a judia alemã Hannah Arendt havia dedicado sua vida a pensar e re-pensar (conceito dela também). Evento que ela vivenciara e que foi uma quebra entre o passado e o futuro (significado que exploraremos).

      Como ela mesmo disse, não exatamente com essas palavras, em alguns textos: era impossível para mim voltar atrás. Ao término de A Vido do Espírito eu estava completamente aturdido e foi como que uma tsunami dentro do meu pensar. Finalmente eu sentia que o evento totalitário era algo sem precedentes e como que somente naquele momento eu entendia o grande esforço de Arendt de dedicar sua vida a re-pensar o que eu chamo de vergonha, de absurdo da humanidade. Estava como que gravado a ferro e brasa na minha alma: por mais que eu não tivesse presenciado o horror do estado totalitário, especialmente o de Hitler, eu também dedicaria minha vida a combater da maneira que fosse, tanto em sala de aula, como com meus amigos, os elementos totalitários presentes na sociedade atual e que como elementos, podem um dia se cristalizar novamente.

      Bem, dito isso, a próxima postagem dará início a vida propriamente dita de Hannah Arendt e poderemos juntos ir dialogando sobre o primeiro impacto do anti-semitismo (comummente entendido como preconceito contra judeus ou mesmo inimigo da cultura e da pessoas judias) na vida da pequena Arendt e de como ela se deu conta de que era judia: “foi por intermédio dos comentários anti-semitas das crianças da rua – que não valem a pena ser lembrados – que a palavra me foi pela primeira vez revelada. A partir desse momento que fui, por assim dizer, 'esclarecida'”. (Entrevista: Só permanece a língua materna que está publicada em A Dignidade da Política entre outras obras, salvo algum engano). As reflexões arendtianas ultrapassam a questão do anti-semitismo, e vão para além dela. Mas será através dela que Arendt se revelará sem dúvidas, para mim, uma pensadora que está para além de seu tempo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Apresentando-me


Sou formado em filosofia pela UPF-Universidade de Passo Fundo. Iniciei o mestrado em uma universidade particular mas não pude concluir. E pra entrar em uma federal tem que ter bons "amigos". Mas enfim, apresentado, gostaria de dizer o que me motivou a criação deste blog: Hannah Arendt. Essa mulher que conheci, não nas aulas de graduação, mas sim fora da sala de aula e que me cativa cada dia mais.




Gostaria que este blog fosse um intermeio entre o acadêmico e o cotidiano, pois penso ser assim a melhor maneira de proceder com o que penso ser o projeto Compreender Hannah Arendt. Esse projeto visa, em primeira instância, apresentar esta grande autora, ou seja, sua vida. Em segundo lugar gostaria de proceder ao longo dos anos da autora, apresentando textos, livros, que me fossem também indicados por todos aqueles que tiverem disposição de enfrentar comigo essa jornada de compreensão.
   


Prometo postar não todos os dias, mas sim, semanalmente. Para que ambos, vocês e eu, tenhamos calma e tranquilidade ao discutir a vida e a obra, desde resenhas e livros, de Hannah Arendt. Convite feito, espero que aceitem e venham comigo ao encontro dessa jornalista, filósofa e como ela mesmo dizia: cientista política.