quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Biografia VII

                Daremos continuidade a apresentação da vida de Hannah por quatro postagens seguidas e depois o comentário de um texto. Estou aberto a sugestões de textos para comentar. Abraços a todos e obrigado!

I – Biografia VII

Günther Stern, marido de Hannah e ex-aluno de Heidegger, em meados de 1927, formula uma teoria da resistência e rejeita a filosofia de Heidegger por considerá-la perigosa. Ao que parece Hannah nunca irá reconhecer a importância intelectual de seu primeiro marido e nem sua possível influência em suas obras. Mais ainda, Hannah não verá em Günther um filósofo capaz de opor-se a Heidegger. Talvez seja o fato de ela ver Heidegger, em primeiro lugar, como seu professor e mestre.
Em Frankfurt, em meados de 1930, Hannah volta a frequentar seminários de filosofia. Ela se torna alvo dos estudantes, que a chamam de pretensiosa; outros de original. É sua maneira apaixonada de falar e expor que, de qualquer forma, chama a atenção de todos. Günther é primo de Walter Benjamin e tenta com sua ajuda obter a habilitação para professor aprovada. Não entraremos aqui na conturbada relação de Walter com Adorno. Esse que adotou um tom perante Walter que causa espanto e revolta. Günther não consegue a habilitação.
Em meados de abri de 1930 o casal se muda novamente para Berlim e Hannah trabalha para um jornal. Nesse mesmo ano, no verão, Hannah se encontra com Heidegger, casualmente, em uma plataforma da estação. Ambos fingem não reconhecerem-se, mas Hannah o confronta. Ela não comenta nada a Günther, e deicide escrever a Heidegger. Ela ainda se comporta com um tom de amante. Mas isso, aos poucos, vai mudando. É nesse período que Hannah e Günther possuem suas primeiras discussões. Hannah decide engajar-se nos círculos sionistas e vais aos poucos abandonando o lar.
Kurt Blumenfeld, que se tornará um dos amigos mais próximos de Hannah até o final de sua vida, amigo do casal, está engajado em uma organização sionista. Hannah fará oposição a Hitler e a ascensão do nacional-socialismo através dessa organização e também através do jornal em que trabalha.

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