segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Biografia VIII

                    Mesmo com tempo escasso, me cobrem postagens! Segue mais duas postagens com a biografia de Hannah Arendt e após, o comentário de um texto dela. Ainda a escolher. Abraços!              

             Kurt Bulemfeld, como um parente mais velho para Hannah. Mesmo que as idéias possam os separar, a amizade sempre será maior. Nos tempos que viveram, o engajamento política era uma questão que se impunha para Günther e Hannah. Ele cria um grupo de intelectuais em casa e ela milita numa organização judaica. A luta contra Hitler se torna quase que uma obrigação moral. A importância de Kurt vai além da amizade entre ele e Hannah. Para o sionismo alemão ele significa muito mais, mas essa questão não exploraremos aqui, exceto se quiserem maiores informações nos comentários.
          Com a ascensão do nazismo, a dificuldade de obter renda e lugar fixo para morar piora. Muitos amigos próximo ao casal falam que o nazismo irá ruir logo e que devem ser pacientes. E em um momento de extrema dificuldade, Günther conhece Jhering, um jornalista crítico e influente. Hanah irá trabalhar fazendo resenhas de livros para uma revista socialista, uma das melhores da época. É por esta época que ela e seu marido começam a distanciar-se, seja pelas idéias, seja pelo tempo de trabalho de cada um. O ano de 1933 marca também o distanciamento e rompimento definitivo de Hannah com Heidegger, ao menos pelos próximos 19anos.
             Heidegger se torna nazista. E esse fato não pode ser negado! Ele infecta seu vocabulário com expressões nazistas e isso fica evidente em seu discurso como Reitor da Universidade de Freiburg em abril de 1933. E em toda sua vida ele jamais pronunciará uma palavra de arrependimento sobre isso publicamente.  Se pediu em conversas privadas, não o sabemos.  Mas mesmo com seu engajamento ao partido nazista, para Hannah, ele continuará sendo o filósofo mais importante da modernidade.  ela sempre lhe será grata por ter tornado o pensamento vivo e por ter sido aquele que a fez aprofundar e cultivar a si mesma.
                Mas para além desse reconhecimento está o fato: Heidegger vira um nazista e isso não é algo pequeno. Com o passar dos anos, principalmente em correspondências, fica claro que Heidegger é anti-semita. Ele quer uma revolução no âmbito acadêmico, mas a que custo?

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